Aqui é a Amanda escrevendo. A gente não vê necessidade de assinar os textos porque há muita construção conjunta em cada um deles, mas neste caso em especial, venho por meio deste na condição de ***FÃ*** do Huey falar do single que eles acabaram de lançar pela Sinewave, o “Adeus Flor Morta”.
A música é uma narrativa de fôlego: ora você fica sem, ora você recupera. É uma pancada instrumental em pleno trânsito, cheia de nuances e fases, inicialmente vertiginosa e surpreendente no final. É pesada, corpulenta e urgente, mas também contemplativa. É muito em uma faixa só, e esse muito foi enaltecido pela mixagem do Steve Evetts (Dillinger Escape Plan, Sepultura, Misfits) e pela masterização do Alan Douches (Baroness, Death, Earth e Year of No Light).
A faixa, gravada no estúdio Family Mob, durante o Converse Rubber Tracks 2015, é uma amostra dos registros inéditos que vêm por aí, preenchendo a minha ansiedade por material novo desde o pesadíssimo e criativo Ace, lançado em 2013. O Huey foi forjado na plena crença da música de qualidade e na amizade de cinco músicos, e essa constituição é diretamente refletida na liberdade sonora na banda e na cumplicidade admirável que vemos em cada um dos shows.
A capa do single, que em breve vai virar um vinil com selo bonitão, tenho certeza, foi feita manualmente e minuciosamente pelo artista Fábio Cristo.
O resultado musical disso tudo pode ser baixado gratuitamente neste link, mas você já pode matar a curiosidade aqui.