Descobertas 2019

In Bandas, Especiais

Foto: Angela Owens

Esta é uma lista que olha pra frente. Como o nome da série sugere, é um agrupamento de descobertas que abraça bandas e artistas de que gostamos de conhecer em 2019 e que provavelmente irão nos acompanhar durante o novo ano que acena por aí.

Em variados cantos do globo (sim, é um globo) muita coisa boa surgiu e o tempo, cada vez mais veloz, parece pouco mediante tanta novidade. É sempre aquela mesma sensação, “cadê as horas que estavam aqui?”.

Por conta disso, esta não é uma lista curta. Nem longa. Ela tem o tamanho do que nós gostamos de conhecer. Também não é sobre o que você deve ou não escutar. É sobre o prazer de dividir nossas descobertas com vocês, apaixonados por música. Como se estivéssemos num mesmo lugar, ouvindo juntos cada um dos nomes aqui presentes.

Tem para todos os gostos. Do powerviolence ao indie. É pra ouvir alto, com calma, ouvir novamente e, dessa forma, esperamos que algumas dessas bandas também encante cada um de vocês. Ouça. E se gosta, ouça novamente sempre que puder. Tem muita coisa boa tocando alto por aí.

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BENCH PRESS

Foto: Divulgação

Para quem gosta de The Fall, Fugazi, Gang of Four
O Bench Press, que recentemente dividiu o palco com o Idles, é uma das coisas mais legais que conhecemos em 2019.

O quarteto é de Melbourne, Austrália, e o último disco da banda, Not The Past, Can’t Be The Future, nos conquistou de primeira. São 11 faixas que flutuam entre a vertente mais minimalista do pós punk e punk rock praticado no final dos anos 70. Ouça “Two Years” e repare na semelhança do timbre de voz de Jack Stavrakis com o de um certo importante nome do punk americano criador da gravadora Dischord.

VASEN KÄSI

Foto: Amanda Rocha

Para quem gosta de Discharge, Cólera e Lama
Certa vez perguntaram ao Rob Zombie o que ele estava ouvindo de novo: “Black Sabbath”. E a justificativa foi: “Eles já inventaram tudo!”. No punk/ crust acontece algo semelhante. O Discharge já inventou boa parte de tal sonoridade, e com extrema maestria. Mas isso não significa que novas bandas não possam reoxigenar os ensinamentos dos criadores do d-beat. Dentro desse recorte, o Vasen Käsi foi uma das bandas de que a gente mais gostou de conhecer.

O primeiro contato veio por meio do Split Inflamar, lançado em 2019, que ainda conta com Manger Cadavre?, No Rest e Warkrust. Depois de ouvir algumas vezes, as duas faixas do Vasen Käsi, “Embrace the Fall” e “Prometheus”, nos levaram de encontro a bandas como Lama, Doom e Shitlickers, mesclado ao peso e melodias de guitarra de bandas como Disfear e Tragedy. O Vasen Käsi é punk urgente. Como pede nosso presente.

LOYAL GUN

Para quem gosta de Nada Surf, Monsterland e Twinpine(s)
O disco de estreia é de 2019, mas a certidão de nascimento é de 2013. O Loyal Gun, de São Paulo, converteu o tempo e a espera a seu favor, oferecendo músicas de espírito noventista com roupagem atual, sem cheirinho de mofo ou de saudosismo cristalizado. Ainda que seja possível perceber a filiação genuína e emocional do quarteto à sonoridade de suas adolescências, não há superutilização dos ícones sonoros da época, como o acento nas distorções, o revezamento entre o peso e a calmaria e as narrativas em tons de lamento. É do contemporâneo que estamos falando diante de faixas como “Going Nowhere” e “Clever”.

Indicada para quem guarda boas lembranças do entusiasmo independente dos anos 90, mas busca construir memórias conectadas com o próprio tempo.

YANNICK HARA

Para quem gosta de Emicida, Brockhampton e Afrika Bambaataa
É sempre um alívio poder encontrar na música a expressão de angústias cidadãs em um tempo tão individualista quanto nosso 2019 brasileiro. Sabem quando o absurdo fica tão naturalizado que você se pergunta se está ficando louco? Ainda bem que o desconcerto é também coletivo. Yannick Hara porta as palavras incisivas do rap, a literatura futurista de Phillip K. Dick e o experimentalismo sem fronteiras do hip hop contemporâneo que vemos em nomes como Clipping para levar adiante as denúncias de nosso tempo, como na faixa “A Ideal Mão de Obra Escrava”, do disco O Caçador de Androides. É música para quem quer ir além da música.

SOLARIZED

Para quem gosta de Black Flag, At the Drive In e Bad Brains
A Ghost Across Hell From Me é desses discos que não precisam mais do que alguns minutos pra te conquistar. E se isso de fato ocorrer, em algumas curvas você vai identificar sotaques do punk elaborado do Black Flag, da fase My War, e do rock catártico do Drive Like Jehu.

Ao Cvlt Nation, o vocalista Alex Smith definiu o Solarized como uma espécie de homenagem à Dischord, Kill Rock Stars, Gravity, com letras que giram em torno do afrofuturismo, distopias, Sun Ra e DC Comics.

OUR GIRL

Foto: Charlotte Patmore

Para quem gosta de Lush, Ride e Slowdive
O trio inglês formado por Nathan (guitarra e vocal), Josh Tyler (baixo) e Lauren (bateria) carrega pesado nas texturas características da década de 90. Por conta disso, não espere escutar algo novo, mas sim uma releitura do dream pop e o shoegaze daquela década.

Stranger Today foi lançado em 2018. E em músicas como “Josephine” “Being Arounds”, “In My Head” e “Two Life”, Nathan brinca com ruídos, texturas e uma boa dose de fuzz. Ao final, a impressão é de que o Our Girl parece se divertir tocando músicas sem grandes pretensões, mas com uma boa dose de honestidade.

HAMMERRED HULLS

Foto: Claire Packe

Para quem gosta de Gang of Four, Nation of Ulysses e Embrace
Depois de um tempo longe dos estúdios e dos palcos, a notícia que Alec MacKaye (Faith/ The Warmers) estaria de volta deixou a gente bem feliz. E, somado a isso, saber que aquela então nova banda teria o guitarrista Mark Cisneros (Medications/ The Make Up) aumentou um pouco mais as expectativas. E boa notícia se completaria com a presença do baterista Chris Wilson (Ted Leo and the Pharmacists) e Mary Timony (Helium/ Ex Hex). Imaginamos que viria algo próximo ao som que eles já haviam produzido em suas bandas anteriores. Talvez um encontro do hardcore com andamentos oblíquos, mas não. O quarteto preferiu refrescar os andamentos do punk rock americano e do pós punk.

É bom ouvir Alec novamente. É bom também ouvir ele acompanhado de tanta gente talentosa. E é melhor ainda ter a sensação de que o Hammerred Hulls é uma banda que ainda vai tocar muito por aqui. Esperamos que por aí também.

CÄBRÄNEGRÄ

Foto: Ivi Maiga Bugrimenko

Para quem gosta deHellnation, Insect Warfare e Full of Hell
Powerviolence, grindcore, hardcore, metal. O barulho produzido pelo Cäbränegrä carrega todos os artifícios da música extrema.

Em 2019 vimos o Cäbränegrä ao vivo e a sensação foi de que o trio de Jaraguá do Sul, formado por Brudo Reichert (vocal), Renan Evaristo (guitarra) e Roger Lóss (bateria), não deixa qualquer espaço para descanso. Portanto, se tiver a chance de ver de perto, vá. Se não puder, ouça agora!

INHUMAN PENITENCE

Foto: Régis Bezerra

Para quem gosta deVenom, Entombed e Massacre
Pode colocar vocal gutural, temáticas mórbidas, um pedal Heavy Metal Boss com todos os botões no máximo e bateria veloz. Se o death metal não estiver impregnado em você, pode esquecer, de nada vai adiantar. Existe algo no ambiente subterrâneo onde foi forjado metal morte que em poucos acordes já é possível identificar. O Inhuman Penitence tem isso.

Assim que ouvimos “Cave Of Forgotten Dreams” e “Lessons of Darkness” a viagem de volta ao genuíno death metal foi inevitável. Ambas as faixas revivem a sonoridade de nomes clássicos como Unleashed e Bolt Thrower, principalmente da fase Realm of Chaos e alguma coisa do War Master. Bruto. Como deve ser.

JAD

Para quem gosta de RattusRatos de Porão e GBH
Alguns motivos para ouvir o Jad. Primeiro deles: a Maximumm Rock and Roll disse que a banda faz um som “obscuro e poderosa”. Segundo: Dylan Walker, vocal do Full Of Hell, colocou Strach, lançado em 2019, como um dos melhores discos do ano. Terceiro: Nic (valeu!), vocal do Coke Bust, também indicou a banda em um post nas redes sociais.

A gente foi atrás, ouviu e concluiu: as razões citadas no parágrafo anterior fazem sentido. É, além de tudo, punk/ hardcore nervoso, barulhento e cantado em polonês, língua pátria da banda formada em Warsaw. Se você procura o que há de novo no estilo, ouça o Jad. Motivos não faltam, não é mesmo?

PERSONAS

Para quem gosta de Polara, Car Seat Headrest e Lupe de Lupe
Encontramos o Personas na comunidade da Sinewave no Facebook, onde é possível ter acesso aos registros das bandas diretamente com os “fornecedores”. Para o independente, esta relação horizontalizada é sempre um ganho, mesmo que isso signifique uma oferta simultânea de trocentos discos.

O fato é que o cancioneiro simples e direto do trio de São José dos Campos acerta em cheio nas descrições emotivas e angustiantes de jovens adultos que buscam se encontrar no mundo e nas próprias biografias. Sem contar que é sempre um sopro de honestidade podermos ter narrativas musicais das tretas e zicas da vida – afinal, é fundamental que deixemos a promessa de felicidade para os delírios da margarina e da autoajuda.

CREXPO

Foto: Vanessa Castro

Para quem gosta de Bad Brains, Dub War e Suicidal Tendencies
Formado por ex-integrantes do Oitão e Claustrofobia, o Crexpo traz aquela mistura do punk/ hardcore com o groove do metal da década de 90. Melodias, riffs pesados, baixo e bateria afiadíssimos e um vocal que busca algumas boas referências no ragga e no hip hop.

O disco de estreia deve ser lançado no primeiro semestre de 2020, então fique de olho. Se houver algum show por aí, vá. A energia do Crexpo invoca positividade e combate. E isso, nos dias de hoje, é essencial.

SHEER MAG

Foto: Divulgação

Para quem gosta de Runaways, Thin Lizzy e Journey
O Sheer Mag abraça a estética oitentista em nível íntimo. O ambiente criado por eles é tão verossímil que a qualquer momento parece que o Rodney Dangerfield vai saltar das caixas de som e reproduzir alguma cena de “De Volta Às Aulas” bem ali na sua frente.

Não tem segredo. É rock básico, adocicado e pop. O ponto negativo é o riff idêntico a “Living After Midnight”, do Judas Priest, usado em “Unfound Manifest”. De resto, é um disco divertido.

DIOKANE

Para quem gosta de Converge, Nails e Ratos de Porão
No início do release a banda já sinaliza: “Diokane é a raiva canalizada em forma de som”. O nome, que vem do italiano (diocane), também responde por uma expressão ruidosa que surge do descontrole e é aí que a gente começa a entender o barulho dessa banda formada em Porto Alegre. Um ruído descontrolado que passa pelo punk, metal, grindcore e o thrash metal com vocal à la Jeff Walker, do Carcass.

O último lançamento dos caras, This is Hell We Shall Believe, traz todo esse caldeirão de referências bem distribuídas, o que talvez seja o charme do Diokane. Nada parece deslocado ou forçado. Há um bom equilíbrio entre todas as músicas de This is Hell We Shall Believe capitaneadas por músicas empolgantes.

LUCTA

Para quem gosta de Armagedom, Exotica e Bastards
Uma nova linhagem de punk, dona de uma sonoridade mais rústica e próxima ao death rock, tem surgido aqui e ali. Na Itália não foi diferente. Dentro dessa movimentação, uma nova safra de coletivos revitalizou o punk DIY feito por lá e o Lucta é parte desse contexto. Occult Punk Gang é o nome do coletivo que organiza uma porção de eventos, shows e lança algumas bandas; entre elas, o próprio Lucta. Ouça Black Magic Punk. É um bom disco, com a cara do novo-velho punk. Curto, ríspido e honesto.

ACACHAPA

Para quem gosta de Hurtmold, Faraquet e Toe
Cabe tudo no caldeirão generoso do Acachapa, banda formada em São Paulo por Guilherme Valério (Valério e HAB) na kalimba elétrica, Esdras Oliveira (Polara) na bateria e Everton Santos no baixo.

O grupo ainda não tem nenhum registro gravado em estúdio, mas pudemos vê-los ao vivo em São Paulo e a surpresa foi das boas. Hip hop, funk, punk, post-rock, soul e música africana. O Acachapa é batuque coletivo do bom!

VAASKA

Foto: Angela Owens

Para quem gosta de Anti Cimex, Ratos de Porão, Framtid
Que banda! Ao início de “Atrapados”, música que abre Inocentes Condenados, você terá a nítida sensação de estar diante de um parente próximo do Kaaos ou do Terveet Kadet, mas não. O Vaaska é punk do nosso tempo, originário do Texas, com letras em espanhol e revestido pela combustão do punk escandinavo.

Coloque “Regimen Autoritario” pra tocar. Temos a plena convicção de que já no segundo refrão você estará berrando junto com a banda.

Inocentes Condenados é um puta disco. Um retrato de uma banda que, entre tantas outras, nos dias de hoje mergulha no jeito escandinavo de fazer punk hardcore. A diferença é que o Vaaska acerta.

LIFE ON VENUS

Foto: Divulgação

Para quem gosta de The Cure, Slowdive e Cocteau Twins
A Rússia já tem certa tradição em revelar bandas de pós punk/ dreampop/ shoegaze. O Life on Venus, quinteto formado em Moscou, é mais um desses casos.

Odes to the Void é, segundo o release da banda, um disco mais dark que seus antecessores que “se baseia na ideia da superação de um medo irracional do desconhecido por meio da união entre as pessoas”. Existe ali uma dramaticidade elegante, cativante. Prato cheio pra quem gosta do bom dream pop com traços indie e uma produção repleta de texturas e bom gosto.

B’URST

Para quem gosta de Agnostic Front, Razor e Accüsed.
Cru, agressivo e celticfrostiano. Apesar de ter sido uma descoberta recente, o B’urst não é necessariamente uma banda nova. Stormbreaker chegou nos acréscimos desse 2019 tão violento quanto a sonoridade que carrega.

Ainda que os vocais se aproximem do gutural característico do metal extremo, o que dá um bom caldo, diga-se, de alguma forma o B’urst nos faz menções próximas a Martha Splatterhead’s Maddest Stories Ever Told e Metal Anarchy, do Accüsed e Warfare, respectivamente. Isso, mesclado aos pilares do hardcore oitentista, fazem de Stormbreaker um disco que vai ganhar o carinho de punks e bangers.

HARROWED

Para quem gosta de Disfear, Converge e Nails
Nem sempre inventar a roda traz o melhor dos resultados. Tem momentos em que tudo de que a gente precisa é mais do mesmo bem feito. Daquele “mesmo” que já é bom pela própria natureza, como todos os vícios e cacoetes possíveis. O Harrowed, banda da Inglaterra, segue por esse caminho. Misturando alguns elementos do hardcore do inícios da década de 2000, Chaotic Nonentity (2019), último disco dos caras, tem toda energia que o estilo precisa.

TIMELOST

Foto: Divulgação

Para quem gosta de Deftones, Ride e Interpol
O shoegaze é um ambiente de envergadura tão bem delineada que, tentar recria-lo, nem sempre é o melhor dos meios. Sábios os que brincam com suas possibilidades, sejam elas artefatos do metal, indie ou pós punk. O duo americano Timelost é um desses nomes. Usa alguns dos ensinamentos do shoegaze com generosas incursões de peso, principalmente nas guitarras e algumas passagens de baterias usando até dois bumbos.

Don’t Remember Me for This é a estreia de Shane Handal (vocal, guitarra, baixo) e Grzesiek Czapla (bateria, baixo, tamborim). Um disco cativante, que consegue juntar Ride e Deftones em uma terceira criatura bem interessante.

DOR

Foto: Régis Bezerra

Para quem gosta de Violeta de Outono, Hellhammer, Muro
Dor, Nulo, Lodo. Em diferentes ordens as variáveis podem levar ao mesmo sofrimento ríspido presente em cada uma das faixas do último lançamento do trio paulistano. Tudo aqui nos parece passear por entre a estética do nosso pós punk da década de 80 com a sonoridade violenta do punk forjado na mesma década.

O Dor é carregado de peso e energia catastrófica. Vimos a banda ao vivo e a percepção foi de como se o Hellhammer tivesse passado uma noite qualquer, junto ao Varsóvia ou ao Violeta de Outono, dentro do Retrô, no final da década de 80.

DEVIL MASTER

Para quem gosta de Morothead, Exumer e Beastmilk
“Nuit” e “Desperate Shadow” são os melhores momentos de Satan Spits On Children of Light, lançado durante esse ano de 2019. E são as mais legais justamente por não tentarem emular o que o Darkthrone já vem fazendo há algum tempo ou o que o Exumer e Motorhead já faziam há mais tempo ainda.

A estética do Devil Master é a do metal horror que flerta com o black metal. Alguns veículos colocaram Satan Spits On Children of Light em suas listas de melhores discos de 2019. Acesse as principais plataformas, ouça e tire suas conclusões. Pra gente foi uma grata descoberta.

THE PARKING LOTS

Para quem gosta de Weezer, Ramones e Belle and Sebastian
Como aponta o novo informativo da banda: ex-duo, ex-trio e atual quarteto. O Parking Lots cria canções que misturam Woody Guthrie e Johnny Cash com Ramones e Bad Religion – “Dear Brett ( A final letter to Greg)”, música que encerra o último EP da banda, é uma clara referência aos californianos. Desse recorte surge o que eles nomeiam como “folk-punk”, mas que também cria conexões a nomes como Belle and Sebastian e Camera Obscura.

O EP Something New, lançado pelo selo Milo Recs, traz cinco faixas sendo duas releituras de bandas conhecidas do nosso punk/ hardcore: “Victory”, do Blind Pigs, que conta com a participação de Herike Baliú (Armada e ex-Blid Pigs); e “Rose Mystic”, do Running Like Lions. Tá precisando injetar aquela dose de tranquilidade e boa vibe no seu dia? Aperte o play!

SPIRIT ADRIFT

Para quem gosta de Metallica, Iron Maiden e Mastodon
Divided By Darkness, último disco do Spirit Adrif, é recheado de boas melodias e dos trejeitos adorados por dez entre dez headbangers ao redor do mundo. Traz também um verniz da moderno à la Mastodon; mas, no geral, parece mais uma visita ao metal que se fazia na década de 90, o que é bom, já que quando se pensa em refrescar o estilo, muitas bandas recorrem aos trejeitos na década de 80.

O Spirit Adrifit acerta na viagem e Divided By Darkness, que marcou presença em algumas listas de melhores discos nesse fim de 2019, busca referências no Metallica, da fase Black Album e até em Ozzy Osbourne, de No More Tears e Ozzmosis.